Grupo de motociclistas que participou do passeio promovido pela TRX até Monte Verde

O sábado amanheceu com aquela cara de preguiça. Nublado, sujeito a chuva, friozinho e aí bateu a dúvida: será que vai rolar o “bate e volta” de moto promovido pela TRX até Monte Verde, no sul de Minas Gerais? Dúvida dissipada rapidamente e logo estava na concessionária Triple Triumph, na entrada do distrito de Sousas, montado na poderosa Tiger 1200 XCa, top de linha da marca, cujo preço é de R$ 85 mil. De cara, a moto impressiona pelo seu porte musculoso e design moderno, mas logo se percebe que é uma fera fácil de ser domada.

E ali estávamos, um grupo de 12 motociclistas entusiasmados e prontos para encarar frio e chuva, se necessário, para fazer o passeio até a famosa cidade mineira. Depois de ouvirmos o briefing dos guias Leandro Trindade e Emerson de Agostini, ligamos as máquinas e partimos. O frio de 15 graus e a pista ainda um pouco molhada da chuva que havia caído na noite anterior foram ficando para trás. O comboio (além de sete Tiger 1200, também faziam parte modelos Triumph Street Twin e Bonneville) chamava a atenção de motoristas e pedestres pelo caminho. Leandro liderava o grupo e Emerson fechava a retaguarda.

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À medida que os quilômetros eram percorridos ia experimentando as novidades tecnológicas da Tiger. Estava montado sobre uma máquina de 240kg, motor de três cilindros que rende 141cv a 9,350rpm, um tanque de 20 litros e muita tecnologia. Poderoso motor que leva facilmente a alta velocidade e permite acelerações repentinas em sexta marcha, como em ultrapassagens, de forma instantânea. Uma maravilha. E o ronco harmonioso produzido pelo moderno escapamento Arrow (3 em 1) leva a querer acelerar cada vez mais.

Na minha frente, um painel de cinco polegadas em TFT colorido, com todas informações necessárias para o piloto, como medidor de combustível, distância percorrida, distância restante para abastecer, temperatura, botão para escolher o modo de pilotagem, indicador de posição de marcha, indicador de manutenção, relógio, indicador do monitoramento da pressão dos pneus e temperatura do líquido de arrefecimento, entre outros mimos. No começo estranhei que o painel mudava de cor automaticamente, aí percebi que se devia à luminosidade. Ou seja, quando as nuvens tapavam o sol, por exemplo, o painel ficava com o fundo brando, facilitando a visualização, caso contrário, voltava a ter o fundo azul. Vale a pena perder alguns minutos antes de embarcar para se familiarizar com todas as funções oferecidas. 

Conforto

Em termos de conforto, a Triumph planejou a Tiger 1200 para longas jornadas, portanto, caprichou em bancos macios e largos, auxiliados pela sensível suspensão e na certeira posição de pilotagem, reduzindo o cansaço e a fadiga. Outra comodidade é o sistema Triumph Shift Assist, que dispensa a embreagem para trocar de marchas, basta um toque para cima ou para baixo. Experimentei algumas vezes, mas para velhos motociclistas como eu, apertar a embreagem faz parte do ritual. A transmissão é por eixo cardã. 

Logo, as retas da D. Pedro I cederam espaço para as curvas e caminhões da rodovia Fernão Dias, testando de leve as habilidades dos pilotos. Chegando em Camanducaia, fizemos uma pequena parada para relaxar e apreciar a cidade.

Estava por vir o teste final para o grupo, que era encarar cerca de 30 quilômetros de curvas sinuosas rumo a Monte Verde, no alto da Serra da Mantiqueira. Trecho que o motociclista deve ficar atento, pois são várias curvas acentuadas que exigem precisão nas manobras. Mas aí entra em ação a tecnologia da Triumph, como o freio ABS otimizado em curva, que adapta o nível automaticamente para manter a frenagem ideal, e o controle de tração também em curva, que segura a moto, independentemente do ângulo de inclinação. Isso quer dizer que você pode frear mais dentro da curva, que a Tiger se mantém firme na trajetória prevista. E se o sistema percebe que a roda vai derrapar, ele reduz a potência do motor. Confesso que em alguns momentos o sistema me ajudou a manter o rumo.

Monte Verde

O sol estava forte quando chegamos na bela Monte Verde, localizada a 1.600 metros de altitude, mas mesmo assim uma brisa gelada circulava pelas ruas da cidade, junto com centenas de turistas de várias cidades de Minas e São Paulo.


Motos estacionadas em frente ao restaurante em Monte Verde: hora de descansar e relatar a experiência de pilotagem com as Triumph


Estacionamos as motos em frente ao restaurante e almoçamos aquela feijoada que os mineiros sabem muito bem fazer. Aproveitamos para trocar experiências sobre as motos e a viagem, que foi tranquila, o fato de não ter chovido, a beleza da serra mineira, e a satisfação de estar pilotando as potentes motocicletas.

Em seguida, o grupo se dividiu e cada um foi conhecer um pouco da cidade do seu jeito. Eu preferi caminhar e me misturar à multidão de turistas que curtia o sol forte e o friozinho da serra. Bares e restaurantes lotados, música ao vivo, chocolates, vinhos e cerveja artesanal animavam os visitantes.

Retorno

Fim do passeio, hora de voltar para casa. Antes de tudo, fazer a clássica foto do grupo e, logo estávamos descendo a serra e apreciando a beleza da região. Partimos com sol, mas a chuva nos pegou no entroncamento da Fernão Dias com a D. Pedro, e nos seguiu praticamente até Campinas. Foi hora de testar outros recursos da Tiger, como o aquecimento das manoplas e banco, e o modo chuva de pilotagem (entre seis oferecidos) que limita a potência do motor e oferece mais segurança. Outro detalhe legal é o ajuste elétrico do para-brisa, que elevei ao máximo para desviar a chuva e o vento do peito. E funcionou.

São vários itens que ela oferece e que gostaria de ter experimentado, mas não precisei, por não haver necessidade, como o sistema de iluminação adaptativa, que evita ofuscamento dos outros motoristas e também projeta a iluminação diretamente na curva toda, em vez de apenas no trecho da estrada mais próximo da motocicleta. Também não testei a velocidade de cruzeiro. Fica para a próxima viagem. Mas experimentei fortemente o sistema de freios em duas ocasiões: na ida, quando um caminhão simplesmente entrou na minha frente sem a menor cerimônia, e o mesmo aconteceu na volta, com uma caminhonete. Sem sustos, o ABS segurou a moto sem tirá-la da trajetória.

Fim do dia, depois de cerca de 400 quilômetros rodados embaixo de frio, sol e chuva chegamos a Campinas satisfeitos com o passeio e dispostos a encarar outra aventura na estrada, graças à máquina de viajar da Triumph. Como era de se esperar, a Tiger 1200 XCa cumpre o propósito a que se destina, de oferecer conforto, tecnologia e prazer em pilotar, seja em curtas ou longas distâncias. Boa viagem.


Este sou eu com a Triumph Tiger 1200 XCa:  motocicleta impressiona pela potência, tecnologia embarcada e maneabilidade


O jornalista viajou a convite da Triumph Experience

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