Yamaha XJ6N ABS na cor Racing Blue (azul metálico): novas cores e novo grafismo
Fotos - Divulgação Yamaha




















Texto - Jorge Massarolo

Apaixonados e doidos pela Yamaha XJ6N ABS podem ficar tranquilos. O modelo, reconhecido pelo seu design esportivo, robustez, potência e ronco do motor, chega às concessionárias da marca com novas cores, grafismos e agora também com regulagem na altura do banco. Ela vem nas cores nas cores Racing Blue (azul metálico) e Matt Grey (cinza metálico) com o preço sugerido pela fabricante de R$ 33.990,00.

Fora esse “facelift”, continua tudo igual na naked, que todos os anos é ameaçada de “extinção” por boatos nas redes sociais. A boataria começou quando a MT-07 foi lançada, em 2015. A verdade é que dados da Abraciclo, (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas) mostram que a XJ6 vem perdendo em vendas para a MT. No ano passado a MT-07 vendeu praticamente 500 unidades a mais que a XJ6 (1.417 para MT-07 e 919 para XJ6). Mas isso não significa sua retirada do mercado, garante a marca japonesa. “Não temos nenhuma informação sobre a descontinuidade da XJ6, um modelo muito inspiracional e que tem fãs cativos”, garante a assessoria de imprensa da Yamaha.

Que assim seja. Sempre ouvi muitos elogios sobre a XJ6N e considerava até um certo exagero. Mas ela me surpreendeu. Em um teste ride o que mais impressionou é a capacidade que ela tem de resgatar velocidade “lá de baixo” e levá-la ao máximo em questão de segundos. Em sexta marcha, a 60km/h, você puxa o acelerador e a velocidade vai subindo, sem o motor “cabecear”, passa dos 100km/h, 120km/h e continua subindo. Uma maravilha e bastante útil tanto no trânsito pesado da cidade como na estrada, pois evita a troca constante de marchas.

Ronco grave


Outra característica marcante é o seu ronco grave, forte, que apaixona logo de cara e faz você querer acelerar mais. Esse ronco, porém, também me fez pensar que estava sobrando motor mesmo em sexta marcha, e aí, de vez em quando ficava cutucando o pedal à procura da sétima marcha. Nesta hora faz falta o indicador de marcha. Falando em ronco, já que ele enfeitiça os apaixonados como o canto da sereia, o escapamento é um detalhe importante. É um 4-2-1 que termina em uma pequena ponteira localizada sob o motor, onde está alojado o abafador e o catalisador. Além de bonito, concentra a massa da moto e melhora o centro de gravidade.
Yamaha XJ6N ABS na cor Matt Grey (cinza metálico)




















A elasticidade da XJ6N vem do motorzão de 600 cilindradas, 16v DOHC, refrigeração líquida, de quatro cilindros em linha, que geram 77,5 cavalos de potência a 10 mil rpm (torque máximo a 6,08 Kfg a 8.500 rpm), distribuídos por uma transmissão de seis velocidades. O torque e a potência são lineares, ou seja, a velocidade vai subindo gradualmente sem trancos no acelerador. Isso a torna moto rápida, fácil de conduzir no trânsito e confortável na estrada. Claro, como toda naked, o piloto segura o vento no peito, o que torna uma longa tocada mais cansativa.

Para segurar esta fera a Yamaha adotou freios ABS duplo de 298 milímetros de diâmetro na dianteira e simples de 245 mm na traseira. A suspensão traseira monocross conta com sete regulagens, a gosto do piloto. O chassi é do tipo diamante em tubos de aço com as dimensões e a geometria desenvolvidas para assegurar uma ótima maneabilidade. Ajudam nesse desempenho o pneu dianteiro com as medidas 120/70 e o traseiro de 160/60, ambos da marca Metzeler.

Painel


O elegante painel digital vem com o básico: velocímetro, hodômetro total e dois parciais (trip1 e trip2), mais hodômetro (f-trip) - que conta quantos quilômetros ainda é possível rodar com a gasolina reserva -, marcador do nível de combustível e relógio digital, além de luzes espias, incluindo a indicativa do sistema imobilizador. Já o conta-giros é analógico, perfeito para os esportivos que adoram ver o ponteiro chegar ao limite vermelho. Ah, detalhe importante, a clássica da Yamaha não tem controle de tração nem mapeamento do motor. É tudo na raça.

Os baixinhos não precisam se preocupar com a pilotagem. A altura padrão do banco é de 785 milímetros - a Yamaha não especificou de quantos milímetros será a regulagem. O peso líquido é de 210kg, e a capacidade do tanque de 17,3 litros, sendo 3,2 de reserva. Na avaliação, que incluiu um bom trecho de estrada e uso urbano, o consumo médio ficou em 17km/l. Digamos assim, um consumo um pouco alto para a cilindrada, já que não houve nada exagerado no modo de pilotagem.


Além destas características técnicas o que agrada os apaixonados pela XJ6 N é o design esportivo e agressivo. As tomadas de ar com efeito de fibra de carbono, a carenagem do farol na cor da motocicleta e o banco bipartido com uma boa distância da roda traseira, chamam a atenção. Atração que me rendeu um belo susto logo nos primeiros quilômetros com a XJ6, na Via Dutra, em Guarulhos. Andando dentro dos limites de velocidade da rodovia, percebi pelo retrovisor que uma moto com garupa se aproximava rapidamente. Os caras emparelharam e buzinaram. “Agora ferrou”, pensei. Que nada, apontaram para a moto, sorriram, fizeram sinal de positivo e foram embora. Ufa!!!  Em semáforos, era comum outros motociclistas ficaram olhando e comentando sobre a moto.

Trabalhando bem em baixa e média rotação, a XJ6N serve para quem gosta de esportividade, conforto, quer impressionar e se divertir, aproveitar uma estrada e até curtir toda a sua potência em pistas fechadas. É pura emoção sobre duas rodas.

























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