Por Jorge Massarolo
Nunca tinha tido contato com as motos Haojue e de repente apareceram duas para test ride. Foi entregar a NK150 na concessionária Burt Motos, em Campinas, e embarcar na DK160 Fi. Mudança total de estilo e motorização. Desci de uma trail de 150cc e embarquei em uma street de 160cc. A primeira impressão que tive foi que a Haojue deveria juntar o motor da DK160 com a suspensão da NK150 e criar outra moto.
Mas, vamos lá. Lançada em setembro, a DK160 fi chegou ao mercado em meados de outubro, e é resultado do primeiro trabalho entre as equipes técnicas da JTZ Motors do Brasil e da Haojue, na China. A moto chega para disputar mercado com as concorrentes da mesma cilindrada, como a Honda Titan, e com preço público sugerido a partir de R$ 15.794,00, sem o frete. Ela vem nas cores azul, preta e vermelha.
O novo modelo agrega características já conhecidas da marca, como o motor da esportiva DR160, com 162,4 cc e potência máxima de 15cv a 8.000 rpm, e torque máximo de 1,43 kgf.m a 6.500 rpm, sistema de injeção eletrônica inteligente e tecnologia de combustão eficiente.
O motor ronca bonito e responde bem às tocadas. No trânsito tem forte arrancada e na estrada mantém uma boa velocidade. Não forcei muito, pois o motor ainda está novo, com apenas 80km, mesmo assim, ele mostrou ser econômico e fez 40 km/l. Ele também só aceita gasolina e o câmbio é de cinco marchas.
Segundo o fabricante, a DK160 foi projetada para oferecer maior durabilidade, com materiais de qualidade, além do cuidado com o acabamento, como a pintura do guidão, feita com tinta epóxi, para suportar melhor as condições do clima e da maresia.
Estilo
A moto segue o estilo esportivo, com aletas laterais ao tanque (parecida com as concorrentes) que formam um design agressivo. Destaque para tanque de combustível, o maior da categoria, com capacidade para 16,5L, que combinado com a boa economia, rende quase 700 km de autonomia.
O painel em LCD é maior que o das concorrentes, com dimensões de 4cm x 10cm facilitando a visualização durante o dia. Ele tem mostradores de nível de óleo e indicador de falha FI (sistema de injeção eletrônica), além de funções como aviso de tensão da bateria, indicador de marcha, aviso de troca de óleo e hodômetro total e parcial.
Para uma moto que se propõe a ser ferramenta de trabalho, faltam dois instrumentos importantes: um relógio no painel e uma tomada USB para deixar o celular carregado, itens fundamentais para quem trabalha com entregas. O engraçado é que a trail NK150 já possui estes dois acessórios.
O assento, com design triangular e altura de 780mm do chão, permite uma postura ereta, e aos pilotos de menor altura colocar os dois pés tranquilamente no chão. Sem contar que ele é confortável na medida. Ponto também para as manoplas, macias e de boa aderência.
Lá no começo do texto falei sobre a suspensão da moto. É uma suspensão firme, que transmite segurança, seja no asfalto ou estrada de terra. Na dianteira, as bengalas têm curso 135mm e a na traseira é formada por dois amortecedores com 120mm ajustáveis.
Na parte ótica, a street é equipada com farol e luzes de iluminação halógenas, nada de led. E não se esqueça de ligar o farol, pois ele não é automático. Outro instrumento importante no quesito segurança, que falta nela é o pisca alerta.
No entanto, a DK 160 tem o manete quebrável na ponta. Em caso de colisão ou queda, ele se rompe na ponta e o condutor poderá pilotar a motocicleta usando o restante do manete. Ela também é equipada com uma bateria de 12v 7Ah, que garante energia para o anda, para, desliga e liga o motor dezenas de vezes por dia.
A balança é de metal retangular e reforçada, desenvolvida com ancoragem nos dois lados para ser ainda mais resistente. A street também possui bagageiro, abertura do banco facilitada por uma trava, que pode ser utilizada para pendurar o capacete. Vem com o cavalete central, ótimo para facilitar a manutenção, limpeza e lubrificação da corrente, entre outras atividades.
Assim como a NK 150, seu freio traseiro ainda é a tambor e o dianteiro a disco. A diferença é que ele é combinado (CBS), dividindo a proporção da frenagem entre a roda traseira e a dianteira. As rodas são de liga leve e aro 18, montadas com pneus sem câmara.
Por fim, a DK160 é resistente, ágil e econômica, ideal para quem está iniciando no mundo de duas rodas ou para quem precisa de uma moto para o trabalho diário. Motor e preço estão na briga com as concorrentes, porém, a inclusão de detalhes ajudaria, como o relógio no painel, tomada USB e pisca alerta. Assim como a NK150, a street deixa a desejar no quesito freios, pois ainda usa o velho tambor na roda traseiro. No mais, é uma moto que aguenta bem o tranco diário, atividade fim para qual ela basicamente se destina. É boa de pilotar e se safa bonito no caótico trânsito da cidade. Para tirar suas dúvidas, vá até a concessionária Burt Motos, em Campinas, e acelere a máquina.
Ficha Técnica
Motor – cilindro único, refrigerado a ar, 4 tempos, DOHC;
Cilindradas – 162,4 cm³
Potência máxima – 15cv a 8.000 rpm
Torque máximo – 1,43 kgf.m a 6.500 rpm
Alimentação – injeção eletrônica
Comp. x Larg. x Alt. 2.010mm x 755mm x 1.100mm
Peso em ordem de marcha – 135kg
Tanque de combustível – capacidade de 16,5L
Freio dianteiro freio a disco (com CBS)
Freio traseiro freio a tambor (com CBS)
Suspensão dianteira telescópica com duplo amortecimento por molas; curso 135mm
Suspensão traseira balança com duplo amortecimento hidráulico com retorno de molas; curso 120mm
Roda dianteira Aro 18, liga leve de alumínio
Roda traseira Aro 18, liga leve de alumínio
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