NK 150: design típico das motos trail, com forte semelhança das concorrentes (Foto: Jorge Massarolo) |
Por Jorge Massarolo
Fui conferir a pequena trail na concessionária Burt Motos, em Campinas, e a primeira impressão foi boa. A NK 150 é bonita de se ver. Nas cores vermelhas e preta ela tem um design típico das motos trail, o que a torna parecida com suas concorrentes, e por isso mesmo chama a atenção.
NK 150 |
O design robusto é reforçado pelas carenagens acopladas ao tanque de combustível. Já o tanque é estreito, permitindo um bom encaixe das pernas, e comporta 12,2 litros de gasolina, apenas gasolina. Um certo atraso em relação às concorrentes, cujos motores aceitam etanol.
A posição de pilotagem é boa devido ao posicionamento do assento, do guidão largo, e das pedaleiras. O assento, em dois níveis, tem uma
considerável camada de espuma, garantindo conforto. O painel em LCD é digital com múltiplas funções, como hodômetro total e parcial, indicador de marcha, nível de combustível, relógio e alerta de voltagem de bateria. Ainda no guidão, tem uma prática entrada USB, para deixar o celular sempre carregado.
Outro detalhe interessante é o aviso sonoro de que o pisca-pisca está ligado. Bem útil, pois quase sempre a gente esquece ligado. Destaque também para o indicador de marcha e para os retrovisores, que oferecem boa visibilidade.
Destaque no painel para o indicador de voltagem da bateria, indicador de marcha e relógio, entre outras funções (Foto: Divulgação) |
O farol, equipado com lâmpada convencional (as setas também) não é automático, por isso, tem que lembrar de ligar. Já o bagageiro vem com furos para instalação do baú traseiro, e conta com seis ganchos para prender bagagem.
Motor
De acordo com o diretor do departamento de engenharia da JTZ Motors, Carlos Zolin, o propulsor da trail foi desenvolvido a partir do projeto do motor da DK160, mas em uma versão de 150 cm³, que rende 12 cv a 8.000 rpm e torque de 1,24 kgf.m a 6.000 rpm. Com refrigeração a ar, conta com injeção eletrônica e uma tecnologia de ressonância que permite alto desempenho em baixas e médias velocidades.
Fui dar uma esticada com ela na estrada, mas ao chegar aos 100km/h o ponteiro do conta-giros também chegou junto na faixa vermelha dos 8000 RPMs. Instintivamente, procurei a sexta marcha para aliviar o motor, mas esqueci que ela só tem cinco, assim como as concorrentes. É bom considerar que o motor está com apenas 600km, ainda amaciando, por isso também, a média de consumo durante o test ride ficou em 35km/l.
Cheguei a pensar que o freio da NK 150 seria ruim, devido ao velho tambor que habita a roda traseira, enquanto na dianteira é a disco com
ABS. Ele deu uma boa resposta, mas é claro que usar tambor dá uma baixada na moral da moto.
A suspensão aguenta bem os buracos nas estradas de terra ou asfalto. Na frente, bengalas com 180mm e na traseira um amortecedor único. A moto é calçada por rodas raiadas dianteira de 19 polegadas e traseira de 17 polegadas e pneus Pirelli MT-60, que garantem uma boa pegada, mas que geram um certo ruído no asfalto.
Entrada USB no guidão para deixar o celular sempre carregado (Foto: Divulgação) |
Ficha Técnica
Cilindrada:149
Tipo de Motor:1 cilindro, OHC, arrefecido a ar
Arrefecimento: A ar
Combustível: Gasolina
Potência Máxima:12 cv (8.000 rpm)
Torque Máximo:1,24 kgf.m (6.000 rpm)
Transmissão: Por corrente
Injeção: eletrônica
Suspensão dianteira: Garfo telescópico / 180 mm
Partida: Elétrica
Ajuste da suspensão dianteira: Não
Chassi: Berço semi-duplo em tubos de aço
Suspensão traseira: Monoamortecida / 148 mm
Peso (seco):139
Peso em movimento:139 (MVOM)
Comprimento: 2070
Largura: 825
Altura: 1165
Altura do Banco: 837
Distância entre Eixos:
Pneu Dianteiro: 90/90 – 19
Pneu Traseiro: 110/90 – 17
Capacidade do tanque:12 l
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