Vulcan S impressiona pelo porte e estilo urbano moderno

O nome Vulcan já sugere uma forte força interior. E a custom da Kawasaki não nega esta percepção. Ágil e esguia, tem um excelente torque e encara muito bem o trânsito urbano e a estrada. O material publicitário da Kawasaki a considera uma motocicleta com estilo urbano, para pilotos iniciantes e para o público feminino. Seria a motocicleta porta de entrada para o estilo custom. Bem, acho que ela é mais que isso.

À primeira vista seu porte e estilo impressionam pela beleza. É o que se pode dizer, uma moto compacta, apesar de abrigar um motor bicilíndrico de refrigeração líquida, DOHC, 8 válvulas de 649 cc, que entrega de forma suave e gradual toda a sua potência, especialmente em baixas e médias rotações. É o mesmo propulsor que equipa a Versys 650 e a ER-6n, porém, configurado de modo que as características de potência fossem mais brandas e inspirassem confiança aos iniciantes. Sua potência máxima é de 61cv a 7.500 rpm e torque máximo de 6,4 kgf.m a 6.600 rpm.


Bonita de se ver, Vulcan S tem boa arrancada e manda bem no trânsito urbano e na estrada 
























Isso quer dizer que a Vulcan tem boa arrancada e mantém uma velocidade cruzeiro de 140km\h tranquilamente na estrada. Além disso, sua vibração é quase imperceptível, e seu motor não joga nas pernas aquele calor insuportável quando no trânsito pesado. O tanque, em forma de gota, tem capacidade para 14 litros de gasolina. A média de consumo ficou em torno de 20km/l.

Detalhe para o amortecedor praticamente deitado




Ser capaz de colocar facilmente os pés no chão, quando parado, é um fator importante para se sentir confortável em uma motocicleta. Na Vulcan S isso é bastante fácil até para os baixinhos. O assento está a 705 milímetros do chão, o que permite ao motociclista “plantar” os pés no asfalto. Certamente, uma facilidade para o público feminino. Esta facilidade também é garantida pelo quadro estreito, estilo backbone, que posiciona todos os componentes próximos à linha central da motocicleta, como o escapamento, que fica sob o motor, contribuindo para o baixo centro de gravidade. No entanto, tenha cuidado ao subir no meio-fio ou passar por lombadas, digamos, mais “pontudas”, pois ele vai raspar no asfalto - por falar em escapamento, o ronco emitido não empolga muito em baixa rotação, mas basta puxar o acelerador que ele sobe de tom e convida a apertar ainda mais o motor.

Isso tudo, aliado ao peso leve, tornam a Vulcan bastante fácil de manobrar e andar no trânsito pesado. Ela se esgueira facilmente nos corredores entre os carros e basta puxar o acelerador para arrancar firme e forte. Aliás, o manuseio da Vulcan é simples, nada de mapeamento do motor, controle de tração ou embreagem assistida. Nada disso faz falta. Bem, a verdade é que nas reduções bruscas de marcha o pneu traseiro deu umas leves cantadas no asfalto. No mais, é sentar, acelerar e frear.

Farol em triângulo invertido: charme

Conforto

A distância entre eixos, de 1.575 milímetros, é outro fator que faz da Vulcan S uma moto de fácil manuseio. Também contribuem para isso o chassi desenhado no estilo tubular e os pneus radiais em rodas de 17 e 18 polegadas, e a suspensão, cujos ajustes priorizam o conforto. O amortecedor fora de centro e deitado da suspensão traseira pode ser ajustado em sete posições, de acordo com peso e tamanho do condutor e passageiro. Esse conjunto garante boa estabilidade nas curvas e segurança nas retas.


O guidão alto e o assento “fofo” com 62 milímetros de acolchoamento fornecem uma confortável posição de pilotagem. Já para o garupa o estreito assento não oferece “aquele’ conforto. As pedaleiras, posicionadas mais à frente, também podem ser ajustados em três posições, a gosto e conforto do piloto. A frenagem é garantida pelo sistema Nissin, com grande disco dianteiro de 300 milímetros que é segurado por uma pinça de pistão duplo, e na traseira por um disco de 250 mm e uma pinça de pistão simples. O modelo testado pelo Correio não tinha ABS.


Painel de instrumentos

Painel tem as funções básicas, mas fica distante da mão do piloto

O painel de instrumentos é simples e de fácil leitura. Entre as funções estão indicador de nível do combustível, velocímetro digital, relógio, odômetro total e parcial, quilometragem restante, consumo de combustível médio e instantâneo e indicador de pilotagem econômica. No entanto, para acessar estas funções o piloto tem que tirar uma das mãos do guidão, já que o painel é centralizado. Também faz falta o indicador de marchas, que pode ser colocado como acessório. Há ainda a função ECO, que indica o melhor momento para trocar de marcha e economizar combustível.

No quesito estilo, o preto fosco substitui o tradicional cromado das custom. O farol, em formato de triângulo invertido, as rodas de cinco raios, o guidão cônico, mais grosso no meio, e outros elementos de modernidade, conferem à Vulcan S um estilo diferenciado. O para-lama foi desenhado de modo a abraçar a roda traseira o mais perto possível, criando um design compacto. A lanterna traseira em LED contribui para o desenho e dá uma imagem moderna à motocicleta. Os piscas são arrendondados na frente e os de trás combinam com o design geral. Destaque para o amortecedor traseiro deitado e fora do centro, que fica bem visível logo abaixo do banco. Além de tudo isso, a Kawasaki oferece uma série de acessórios para deixar a moto a gosto do piloto, mas, a meu ver, ela já está muito bem assim: simples e forte.


Preço:

A Vulcan S está disponível em três opções de cores – branca, preto fosco e laranja, ao preço sugerido de R$ 30.990,00 e R$ 32.990,00, com freio ABS.

Post a Comment

Seja bem-vindo ao Resenha de Motos. Deixe sua opinião, recado, bronca, dicas...

Postagem Anterior Próxima Postagem