Voltz abre sua primeira loja de motos elétricas em Campinas

A EVS, modelo street da Voltz, traz tecnologia smart, conectividade e inteligência artificial (Foto: Divulgação)

A Voltz Motors, marca pernambucana de motos elétricas, terá uma unidade de vendas em Campinas a partir do final de abril. O Grupo Dafa, formado por empresários de Belo Horizonte (MG), escolheu o Interior paulista para investir cerca de R$ 1,2 milhão na instalação de cinco showrooms montados em containers nas cidades de Campinas, Piracicaba, Guarulhos, Ribeirão Preto e Osasco.

O primeiro será inaugurado entre final de abril e início de maio no estacionamento de um supermercado na Avenida Princesa D’Oeste, em Campinas. O container de 27 metros quadrados segue o padrão da Voltz e terá butique, área de vendas e oficina equipada com painel de ferramentas e elevador. Na sequência de inaugurações estão Guarulhos, em junho, e Ribeirão Preto em julho. Piracicaba e Osasco ainda não estão com as datas definidas.

Maxmiller Hübner, gerente regional do grupo, conta que a expectativa inicial é vender 30 unidades por mês dos modelos EV1, EV1 Sport e EVS. “Campinas apresenta um forte potencial para nossas motocicletas e por isso apostamos nesse mercado”, afirma. A assistência técnica das motos será feita por empresas parceiras, que Maxmiller está contratando. “A manutenção das motos Voltz é bastante fácil e prática. A EV1, por exemplo, tem apenas 116 peças”, explica.

A scooter EV1, primeiro modelo lançado pela Voltz: autonomia de até 100km (Foto: Divulgação)

As motos elétricas Voltz surgiram da percepção do empresário Renato Villar de implantar veículos elétricos de baixo custo no mercado brasileiro. Em 2017 ele fundou a startup Voltz e depois de um investimento de R$ 8 milhões, em novembro de 2019 lançou a scooter elétrica EV1, que teve boa aceitação no mercado.

Energia limpa

A EV1 pode ser equipada com uma ou duas baterias removíveis de Lítio. Pesando 13 kg cada, elas podem ser carregadas acopladas à moto ou separadamente. A carga máxima é alcançada após 5 horas conectada a uma tomada comum de 110V ou 220V. Com uma bateria, a EV1 tem autonomia de 60km e velocidade máxima de 60km/h. Já com duas baterias a autonomia sobre para 100km, mantendo a mesma velocidade máxima. A aceleração vai de 0 a 60km/h em 15s. Com um motor de 1.800 watts, ela se aproxima, em comparação com as concorrentes à combustão, de um modelo com 50 cilindradas. A scooter tem preço de venda no site de R$ 11,5 mil.

Na sequência vem a EV1 Sport, que custa R$ 13 mil e com duas baterias atinge a velocidade máxima de 75km/h, tem autonomia de 180km e acelera de 0 a 60km/h em 12s.

Já a top de linha street EVS traz tecnologia smart, conectividade e inteligência artificial. O motor Voltz possui 3000w de potência, capaz de alcançar uma velocidade máxima de 120 km/h e sua aceleração vai de 0 a 60 km/h em 6 segundos. Essa potência a deixa com um segundo de vantagem na aceleração sobre uma moto de 160cc, segundo comparação feita pela Voltz. A autonomia chega a 180km e seu preço é de R$ 17,5 mil.

A empresa também vende baterias extras que podem ser levadas pelos motociclistas e trocadas para evitar o risco de ficar sem energia no meio da rua. A Voltz pretende disponibilizar as baterias em máquinas para serem alugadas.

Painel digital inteligente permite conexão com smartfone, onde é possível ver carga na bateria, localização e dados da pilotagem (Foto: Divulgação)

O desenvolvimento e a montagem das motos são feitos na fábrica que fica no Cabo de Santo Agostinho (PE), com boa parte das 116 peças importadas da China. Villar já anunciou que no segundo semestre começará a montar uma fábrica em Manaus (AM), com capacidade inicial para 8 mil unidades. No ano passado, a startup faturou R$ 42 milhões e vendeu 3,2 mil veículos 100% elétricos.

“Como a motos elétricas ainda são desconhecidas no Brasil, as lojas são uma oportunidade para o cliente conhecer, tirar suas dúvidas e fazer o test-ride. E logo vai perceber que não vai mais precisar parar num posto de gasolina, além de estar ajudando a despoluir o planeta. É a moto do futuro”, afirma Maxmiller.