A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) lança, este mês, a campanha “Motocicleta #FazBemproBrasil”, que destaca os benefícios deste modal que leva os brasileiros para vários caminhos, garantindo agilidade e mobilidade. Cada vez mais presente na vida da população, o veículo representa emprego e fonte de renda; traz inovação tecnológica e ajuda a promover o desenvolvimento sustentável da região Amazônica.

“Nosso objetivo é mostrar como a motocicleta ajuda no desenvolvimento do Brasil. O Polo Industrial de Manaus (PIM) tem papel estratégico na economia brasileira. Além de ser um gerador de empregos importante, ajuda a manter e proteger a floresta Amazônica”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

De acordo com o estudo “Impactos, Efetividade e Oportunidades da Zona Franca de Manaus”, da FGV (Fundação Getúlio Vargas) publicado no Anuário da Indústria Brasileira de Duas Rodas 2019, a arrecadação do estado do Amazonas tem acentuada participação no PIB (Produto Interno Bruto) do País e a atividade industrial da Zona Franca de Manaus previne um alto nível de desmatamento na floresta Amazônica, pois evita a economia predatória.

A campanha leva o selo “Made in Amazônia”, criado no ano passado para destacar a força das empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. Ele foi utilizado, pela primeira vez, para a campanha de bicicletas e também mostra a importância da produção no Polo Industrial para o sustento de milhares de famílias e preservação da biodiversidade.

Com ampla divulgação nas mídias digitais (YouTube e Instagram) e nos canais de TV por assinatura, a campanha é destinada ao público em geral, além de autoridades e formadores de opinião em relação às reformas tributárias e administrativas.

O fundador e CCO da agência Sincronicidade, responsável pelo desenvolvimento da campanha, James Scavone, afirma que o objetivo deste manifesto, que celebra a fabricação de motocicletas “Made in Amazônia”, é destacar as várias facetas que fazem deste veículo um meio de transporte único no Brasil. “Motocicletas são amadas e desejadas no trabalho e no lazer. E é justamente esta dicotomia que realçamos: as duas rodas, o equilíbrio entre agilidade e segurança, por exemplo, que torna a motocicleta uma solução sempre inovadora. Celebramos a motocicleta e o bem que a sua fabricação na Zona Franca de Manaus faz pelo Brasil”, diz.

Mais de 103 mil motocicletas em maio

As fabricantes de motocicletas instaladas no PIM produziram 103.792 unidades em maio, de acordo com dados da Abraciclo. Segundo a associação, o volume é 15,1% menor que o registrado no mês anterior (122.220 motocicletas). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as fábricas localizadas no PIM produziram apenas 14.809 unidades, houve alta de 600,9%. Naquele período a capital amazonense foi fortemente impactada pela primeira onda do coronavírus e as fábricas estavam retomando, gradativamente, suas atividades.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o setor mantém sinais de recuperação. No acumulado de janeiro a maio, a produção de motocicletas totalizou 463.413 unidades, volume similar ao registrado em 2019, período pré-pandemia, quando foram fabricadas 468.984 motocicletas. “No momento, as fábricas mostram uma curva de recuperação. No entanto, estamos apreensivos em relação ao ritmo do avanço da pandemia nos próximos meses”, avalia. “É preciso acelerar o programa de vacinação para trazer tranquilidade na gestão das nossas fábricas”, completa.

Em relação à distribuição, o executivo afirma que as fabricantes estão regularizando a entrega de motocicletas gradualmente para as concessionárias. “O estoque ainda é baixo e acreditamos que, em poucos meses, conseguiremos normalizar a situação e acabar com a fila”, diz Fermanian. Diante desse cenário, o executivo acredita que o mercado deve continuar aquecido nos próximos meses. A projeção da associação para este ano é produzir 1.060.000 motocicletas, alta de 10,2% na comparação com 2020.

Vendas no varejo

Com 110.376 unidades licenciadas em maio, as vendas no varejo alcançaram o melhor resultado do ano. Esse é, também, o melhor desempenho para o mês, desde 2014, que teve 126.701 unidades emplacadas. Na comparação com abril, que teve 94.654 motocicletas emplacadas, o volume foi 16,6% maior. Em relação ao mesmo mês de 2020, houve alta de 278,1%. Em maio do ano passado, as vendas no varejo totalizaram 29.192 unidades.

        De acordo com Fermanian, a fila de espera pode chegar a 45 dias para os modelos da categoria Street, que é bastante utilizada pelos entregadores de aplicativos. Já para as motocicletas premium e de uso misto, que têm demanda menor, a fila está normalizada.

A Street liderou o ranking das categorias mais vendidas. Em maio foram emplacadas 54.714 unidades, o que corresponde a 49,6% de participação do mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (24.028 unidades e 21,8% de participação), seguida pela Motoneta (14.941 e 13,5%).

Confira o ranking:

EMPLACAMENTOS DE MOTOCICLETAS
 MAIO/20ABRIL/21MAIO/21  
CATEGORIAAPARTICIPAÇÃOBPARTICIPAÇÃOCPARTICIPAÇÃOC/AC/B
Street13.34645,7%48.16050,9%54.71449,6%310,0%13,6%
Trail6.10020,9%20.53521,7%24.02821,8%293,9%17,0%
Motoneta5.36218,4%11.56312,2%14.94113,5%178,6%29,2%
Scooter1.8496,3%8.5349,0%9.7428,8%426,9%14,2%
Naked9383,2%2.2522,4%2.5342,3%170,1%12,5%
Bigtrail6462,2%1.5271,6%2.1321,9%230,0%39,6%
Ciclomotor3641,2%1.1341,2%1.1881,1%226,4%4,8%
Sport2791,0%5510,6%6150,6%120,4%11,6%
Custom2530,9%2820,3%3600,3%42,3%27,7%
Touring60,0%60,0%80,0%33,3%33,3%
Triciclo490,2%1100,1%1140,1%132,7%3,6%
TOTAL29.192100,0%94.654100,0%110.376100,0%278,1%16,6%

Fonte: Associadas Abraciclo

Com 21 dias úteis, a média diária de vendas em maio, foi de 5.256 unidades. Na comparação com abril, que teve um dia útil a menos e média diária de 4.733 motocicletas licenciadas, houve alta de 11,1%. Em relação a maio do ano passado, que também contou com 20 dias úteis, o aumento foi de 260,1%. Naquele mês, a média foi de 1.460 emplacamentos/dia.

Os emplacamentos no acumulado do ano totalizaram 410.474 unidades, volume 34,9% superior às 304.286 motocicletas licenciadas no mesmo período de 2020. As posições do ranking foram mantidas: Street (201.550 unidades e 49,1% do mercado), Trail (84.653 unidades e 20,6%) e Motoneta (54.541 unidades e 13,3%).

Exportações

Em maio, foram exportadas 4.410 motocicletas, volume 3,1% superior às 4.276 unidades registradas em abril e 1.768,6% maior que o mesmo mês do ano passado (236 unidades). De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, o principal destino foi a Colômbia, com 1.364 unidades e 29,8% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.358 motocicletas e 29,7% do total exportado), seguida pela Austrália (952 unidades e 20,8%).

        De janeiro a maio, as exportações totalizaram 21.851 unidades, o que corresponde a uma alta de 191,9% em relação ao mesmo período de 2020 (7.487 motocicletas).

        Os embarques para a Argentina somaram 6.920 unidades e representaram 30,8% do volume exportado. Na sequência do ranking, vieram os Estados Unidos (5.537 motocicletas e 24,7% do total exportado) e a Colômbia (4.249 unidades e 18,9%). “As motocicletas exportadas para mercado norte americano são, principalmente, do modelo off-road e comprovam que o produto nacional tem alto valor agregado, tecnologia e atendem aos mercados mais exigentes”, afirma Fermanian.

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