Equipamento é obrigatório e minimiza chances de ferimentos graves em caso de acidente

Por Jorge Massarolo
   Sabe aquele equipamento que você coloca na cabeça para pilotar uma motocicleta com segurança? Sim, o capacete. Pois é, existem regras severas para o seu uso. A principal é que ele deve ser usado na cabeça e não no cotovelo, como muitos motociclistas preferem. Também deve estar bem preso à cabeça, pois ele sai voando igual a sapato em caso de queda.
    
   Papo sério, o capacete minimiza as chances de ferimentos graves em caso de acidente. Por isso, é fundamental usar o equipamento e os demais itens de segurança não apenas para cumprir o que determina a legislação, mas principalmente para proteger a própria vida.
    Mas vamos deixar quem entende de leis e do assunto para falar sobre o uso adequado do capacete.  De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) o uso é obrigatório, pois aumenta a segurança dos condutores e passageiros de motocicletas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.  E quem já caiu de moto sabe muito bem disso. Então, fique atento às regras de segurança:
Parece bobagem, mas não é. Antes de iniciar o trajeto, é importante checar se o capacete está devidamente fixado à cabeça, preso ao queixo por meio da cinta e com a viseira abaixada. 
   
 A viseira, cujo uso ainda encontra grande resistência por parte dos motociclistas, evita a entrada de insetos ou pequenos objetos, como pedras e faíscas, que podem provocar acidentes. Ela só pode ser levantada quando a motocicleta estiver parada. Quem já teve o olho ferido por uma pequena pedra sabe muito bem o que é isso. Na ausência da viseira, é obrigatório o uso de óculos de proteção específico para moto, que não pode ser substituído por óculos de sol, óculos com lentes corretivas ou de segurança do trabalho
    Desde 2007, o capacete deve ter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), faixas refletivas de segurança nas partes laterais e traseira, além de apresentar bom estado de conservação, sem danos que comprometam a proteção. 


O uso correto do capacete salva sua vida

Tipos de capacetes e viseiras 
   Existem quatro modelos de capacetes de motocicletas regulamentados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran): o integral (fechado), o misto (com queixeira removível), o modular (de frente móvel) e o aberto (sem a proteção para o queixo). Na minha modesta opinião, o fechado é mais seguro, pois evita, em caso de acidente, que seu queixo raspe o chão e você perca alguns dentes.
   Os capacetes popularmente conhecidos como “coquinho” – similares aos utilizados para a prática de ciclismo e skate – não são permitidos, pois não oferecem proteção completa à cabeça, rosto e olhos.

Nos capacetes modulares, além da viseira, a queixeira deverá estar totalmente abaixada e travada durante todo o deslocamento do condutor. 
   
As viseiras permitidas são aquelas nos padrões cristal, fumê light, fumê e metalizado. No período noturno, deve-se usar apenas a viseira cristal. Os demais modelos podem ser utilizados somente durante o dia. Os equipamentos certificados pelo Inmetro podem ser consultados no site do órgão (www.inmetro.gov.br), na área de “produtos certificados”. 
Mantenha limpo
   A legislação federal de trânsito não estabelece prazo de validade para o capacete. O período para a substituição pode variar de acordo com a frequência de uso e a conservação. Por isso, o motociclista deve ficar atento ao estado do equipamento. 
   É indicado trocá-lo sempre que ele sofra algum impacto forte, seja em acidentes ou por queda em qualquer situação, ainda que não apresente rachaduras ou outros danos visíveis. 
  Outro indicador para a aquisição de um novo capacete é a espessura da espuma do forro interno. A diminuição da altura da espuma deixará o capacete folgado, comprometendo a fixação na cabeça e a proteção da área auditiva do motociclista.    

Manter o capacete limpo também pode contribuir para a conservação do equipamento. Para isso, é importante seguir as instruções do fabricante. 

viseira também deve estar em perfeitas condições, sem rachaduras ou arranhões que atrapalhem a visão do condutor. Se o capacete estiver em bom estado, é possível trocar apenas esse item. 

Multa salgada
  Não vacile, a multa pelo uso incorreto do capacete é alta. Veja as penalidades conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB): 
 Leve 
Pilotar com o capacete mal afixado à cabeça, utilizando viseira ou queixeira levantadas, sem óculos de proteção ou com viseira fumê no período noturno, por exemplo, é infração leve. O motociclista receberá três pontos na habilitação, além de multa. 
 Grave
Conduzir com capacete sem a certificação do Inmetro, sem as faixas refletivas ou com a estrutura danificada é infração grave, com cinco pontos na habilitação e multa. 
 Gravíssima 
Não usar o capacete ou colocá-lo apenas sobreposto à cabeça, sem estar devidamente encaixado, é infração gravíssima. Além de pagar multa, o motociclista também responderá a um processo administrativo para a suspensão do direito de dirigir, que pode variar de um até 12 meses, dependendo do histórico do motorista. 
Quer mais informações sobre o assunto? 
Acesse o portal – www.detran.sp.gov.br

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