Kawasaki Versys 1000 com ABS:  estilo trail e esportivo, conforto e muita potência
Fotos: Chris Cardoso
























    Ela tem um potente motor, estilo trail e esportivo, e encara o trânsito pesado da cidade, uma longa estrada ou um trecho de terra sempre com a mesma disposição. Esta é a Kawasaki Versys 1000, a poderosa moto da marca japonesa equipada com um propulsor de quatro cilindros de 1.043 cc, que produzem 120cv. É o que pode se chamar de uma motocicleta multiuso, pois agrada a quem gosta de velocidade, potência, agilidade e desfrutar de uma confortável viagem.

Além disso, a Kawasaki deu uma bela caprichada na Versys, mudando completamente seu visual em relação ao modelo anterior. A frente ganhou faróis duplos na horizontal, transmitindo uma “cara” mais agressiva e futurística, típica da Kawasaki. O enorme escapamento do lado direito recebeu uma capa de alumínio, acentuando sua esportividade e o forte ronco do motor.



Assentos extremamente confortáveis
garantem uma boa viagem
O espírito esportivo é reforçado pelas rodas leves de 17 polegadas. A suspensão com novo garfo invertido de 43 milímetros é prazerosa. Ela não vê buracos ou estrada ruim, garantindo segurança e conforto ao motociclista.
E tudo isso montado sobre um chassi de tubos duplos de alumínio, que deixam a moto leve e fácil de conduzir. 
Mesmo com seu porte imponente e peso considerável (250kg), ela trafega livremente no trânsito urbano. A altura do banco em relação ao solo é de 840 milímetros, boa para o padrão, e permite a um piloto com 1,78 metro apoiar tranquilamente o pé no chão.

Mas, com um motor desses você vai querer mesmo é pegar uma estrada, e é ai que ela mostra a que veio. É bom lembrar que o propulsor é baseado na esportiva Z1000, portanto, ele leva você a mais de 200km/h num piscar de olhos, e completamente estável. O motor desliza macio, com respostas suaves e progressivas ao toque do acelerador.

Para dominar esta fera, a Kawasaki instalou três níveis de controle de tração, sendo que o 1 e 2 priorizam a aceleração máxima, e o terceiro deve ser usado em pistas escorregadias. O piloto também pode escolher entre a potência total do motor (full) ou baixa (low). Esta última limita o uso do motor em 75% da potência total. Por exemplo, em dias de chuva você pode usar a potência low e o controle de tração no nível três, o que lhe dará maior controle sobre a máquina. Já no modo full e controle de tração 1 e 2 a Versys sai comendo asfalto. Como na semana em que peguei a moto na concessionária Rota Kawasaki (Rota K), em Campinas, choveu muito (inclusive com o devastador tornado), tive que usar bastante o modo low com tração nível três.


Para-brisa pode ser ajustado manualmente:
prático e eficaz

A embreagem é super macia, graças ao sistema “assistido e deslizante”, que também evita que o uso excessivo do freio motor, por exemplo, trave a roda traseira (back-torque). Para segurar este bólido, a Kawasaki equipou a Versys com potentes freios ABS.


Estrada

Outros detalhes reforçam o espírito estradeiro da Versys, como o para-brisa, que pode ser ajustado manualmente na altura entre 30 e 75 centímetros. O tanque de combustível, com 21 litros, permite percorrer longas distâncias entre os abastecimentos. Digamos que, numa pilotagem moderada ela faz uns 20km/l, nada ruim para um motor de 1.043 cilindradas. Além de potência, a Versys oferece conforto. A posição de pilotagem mantém a coluna ereta e os assentos são largos e macios, um dos melhores da linha Kawasaki, tanto para o piloto como para o passageiro.

Você pode equipá-la, entre outros acessórios, com faróis de neblina, protetores de mão, aquecedor de manopla e indicador de marcha. Sim, a versão básica da máquina de 1000 cilindradas vem sem este importante acessório.


Painel é bonito, mas falta o indicador de marchas
na versão básica da Versys
O painel da Versys é bonito, uma mistura de analógico (conta-giros) e digital, com computador de bordo, mas que deixa de ser completo pela falta do indicador de marcha. Além disso, não agradou o fato de não mostrar várias funções ao mesmo tempo. Você tem que escolher, por exemplo, entre ver o relógio, ou o gasto instantâneo de combustível. No entanto, os indicadores de controle de tração e o modo de potência estão sempre visíveis, bem como o indicador de pilotagem econômica, embora para ser efetivo o piloto precise conduzir a Versys a menos de 6 mil rpm, ou a menos de 160km/h.

Por fim, ela chama a atenção por onde passa por sua beleza e imponência. Quem acelerar a Kawasaki Versys 1000 uma vez, certamente não vai esquecer. Boa viagem.

Por Jorge Massarolo

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